terça-feira, 11 de setembro de 2018

A corda e a fé




Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios.

Ele resolveu, depois de muitos anos de preparação, escalar o Aconcágua. Ele queria a glória somente para si.

Resolveu então escalar sozinho sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada dessa dificuldade. Ele começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde.

Porém ele não havia se preparado para acampar e resolveu seguir a escalada, decidido a atingir o topo.

Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais enxergar um palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada.

Tudo era escuridão, zero de visibilidade, não havia Lua e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens. Subindo por uma "parede", a apenas 100 metros do topo, ele escorregou e caiu...

Caía a uma velocidade vertiginosa, somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez mais rápidas na escuridão. Sentia apenas uma terrível sensação de estar sendo sugado pela força da gravidade. Ele continuava caindo e, nesses angustiantes momentos, passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que ele já havia vivido em sua vida.

De repente ele sentiu um puxão forte que quase o partiu pela metade ... shack!

Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura. Nesses momentos de silêncio, suspenso pelos ares na completa escuridão, não sobrou para ele nada além do que gritar:

- Oh, meu Deus! Me ajude!

De repente uma voz grave e profunda respondeu:

- O que você quer de Mim, meu filho?

- Me salve, meu Deus, por favor!

- Você realmente acredita que Eu possa te salvar?

- Eu tenho certeza, meu Deus.

- Então corte a corda que mantém você pendurado...

Houve um momento de silêncio e reflexão. O alpinista se agarrou mais ainda a corda e pensou que se largasse a corda morreria...

Conta o pessoal de resgate que no dia seguinte encontraram um alpinista congelado, morto, agarrado com as duas mãos a uma corda ... a não mais de dois metros do chão.

E você...

Está segurando a corda?


segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Inocência




Uma menininha, diariamente, vai e volta andando até a escola.

Apesar do mau tempo daquela manhã e de nuvens estarem se formando,
ela fez seu caminho diário.

Com o passar do tempo, os ventos aumentaram e junto os raios e trovões.

A mãe pensou que sua filhinha poderia ter muito medo no caminho de volta, pois ela mesma estava assustada com os raios e trovões.

Preocupada, a mãe rapidamente entrou em seu carro e dirigiu pelo caminho em direção à escola.

Logo ela avistou sua filhinha andando, mas, a cada relâmpago, a criança parava, olhava para cima e sorria!

Outro e outro trovão e, após cada um, ela parava, olhava para cima e sorria!

Finalmente, a menininha entrou no carro e a mãe curiosa foi logo perguntando:

-O que você estava fazendo?

A garotinha respondeu:

-Sorrindo! Deus não para de tirar fotos minhas!

Deixemos que toda inocência floresça em nossos corações para podermos ver a bela e real felicidade que está nos momentos de simplicidade...


segunda-feira, 6 de agosto de 2018

A visita





Ruth olhou em sua caixa de correio, mas só havia uma carta. Pegou-a e olhou-a antes de abri-la. Mas logo parou, para observar com muita atenção. Não havia selo nem marca do correio, somente seu nome e endereço. Ela decidiu ler a carta.

“Querida Ruth, Estarei próxima de sua casa, no sábado à tarde, e passarei para visitá-la, com amor Jesus.”

As mãos da mulher tremiam quando colocou a carta sobre a mesa.
“Porque o Senhor vai querer me visitar-me? Não sou ninguém especial, não tenho nada para oferecer-lhe...” pensou. Preocupada, Ruth recordou o vazio reinante nas estantes de sua cozinha.
“- Ai, não! não tenho nada para lhe oferecer-lhe, terei que ir ao mercado e comprar alguma coisa para o jantar.”
Ruth abriu a carteira e colocou o conteúdo sobre a mesa: R$ 4,50. “Bom, comprarei pão e alguma coisa pelo menos.”

Ruth colocou um abrigo e se apressou em sair. Um pão francês, um pouco de peru e uma caixa de leite... Ruth ficou somente com R$ 0,12 que deveriam durar até a segunda-feira. Mesmo assim, sentiu-se bem e saiu a caminho de casa, com sua humilde compra debaixo de seus braços.

“- Olá senhora, pode me ajudar?”

Ruth estava tão distraída, pensando no jantar, que não viu duas pessoas que estavam de pé no corredor. Um homem e uma mulher, os dois vestidos com pouco mais que farrapos.

“- Olhe, senhora, não tenho emprego. Minha mulher e eu temos vivido ali fora na rua.Bom, está fazendo frio e estamos sentindo fome. Se a senhora puder nos ajudar, ficaríamos muito agradecidos...”Ruth olhou para eles com muito cuidado. Estavam sujos e tinham mau cheiro e, francamente, ela estava segura de que eles poderiam conseguir algum emprego se realmente quisessem.

“ – Senhor, eu queria ajudar, mas eu mesma sou uma mulher pobre. Tudo que tenho são umas fatias de pão, mas receberei um hóspede importante para esta noite e planejava isso a ele.”
“-Sim, bom, sim senhora, entendo... De qualquer maneira, obrigado”, respondeu o homem. O pobre colocou o braço em volta do ombro de sua mulher, e os dois se dirigiram para a saída. Ao vê-los saindo, Ruth sentiu um forte pulsar em seu coração.
“- Senhor, espere.”
O casal parou e voltou à medida que Ruth corria para eles e os alcançava na rua.
“- Olhem, querem aceitar este lanche? Conseguirei algo para servir ao meu convidado”, dizia Ruth, enquanto estendia a mão, com um pacote de lanche.
“- Obrigado, senhora, muito obrigado.”
“- Obrigada, disse a mulher.”
Foi aí que Ruth pôde perceber que a mulher tremia de frio.
“- Sabe, tenho outro casaco em minha casa, tome este”, ofereceu Ruth.
Ela desabotoou o próprio casaco e o colocou sobre os ombros da mulher.
Sorrindo, voltou a caminho de casa...Sem casaco e sem nada para servir ao seu convidado.
“- Obrigada senhora, muito obrigada”, despediu-se o casal. Ruth estava tremendo de frio quando chegou à porta de casa.

Agora não tinha nada para oferecer ao Senhor. Procurou a chave rapidamente na bolsa, enquanto notava outra carta na caixa do correio. “Que raro o carteiro nunca vem duas vezes em um dia”, pensou, ela então apanhou a carta e abriu-a:
“- Querida Ruth. Foi bom vê-la novamente. Obrigado pelo delicioso lanche e pelo esplêndido casaco. Com amor : Jesus”. O ar estava frio, porém, ainda sem se agasalhar Ruth nem percebeu.

domingo, 5 de agosto de 2018

O guarda chuva da Fé

Certa vez, o povo de um vilarejo decidiu se reunir no centro do lugar para rezar pedindo por chuvas...


Mas apenas um garoto levou guarda-chuva.
Quem é você nesta história?

terça-feira, 12 de junho de 2018

Sobre o dia dos namorados...(parte 2)

namoro, casamento, noivado, dia dos namorados, valorize-se, ame-se, respeite-se, amor próprio


Qual é o seu valor? 
 
Um professor tenta mostrar a um jovem rapaz, que é desprezado por muitos, qual o seu verdadeiro valor. Dá, então, uma missão ao jovem:
- Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível!

O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado e começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel.
Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro, e recusava as ofertas.

Depois de oferecer a joia a todos que passaram pelo mercado, e abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou. O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel.
- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.

- Que coisa importante o que disse agora, meu jovem! - contestou sorridente - Devemos saber primeiro o valor do anel.
Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel?! Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda... Volte aqui com meu anel.O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou o anel e disse:

- Diga ao seu professor que se ele quer vender agora, não posso dar mais que 
58 moedas de ouro pelo anel.

- 58 MOEDAS DE OURO!!! - exclamou o jovem.

- Sim! - replicou o joalheiro - Eu sei que com tempo eu poderia oferecer até 70 moedas, mas se a venda é urgente...

O jovem correu emocionado à casa do professor para contar o que ocorreu.

- Senta, rapaz! - disse o professor, e depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, disse:
- Meu amiguinho, você é como esse anel: uma joia valiosa e única. E que só pode ser avaliada por um "expert". Você pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?
E dizendo isso, voltou a colocar o anel no dedo.
Todos somos como esta joia: Valiosos e únicos, e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem. Lembre que "ninguém pode te fazer sentir inferior sem teu consentimento".

Autor desconhecido


Sobre o dia dos namorados...(parte 1)

namoro, casamento, noivado, dia dos namorados


Confesso que acho que é uma data comercial, não vejo nenhum romantismo nela. Acho também que você deve presentear o outro porque viu algo que lembrou seu par, que combina com ele. Para mim isso tem muito mais valor que um presente comprado por causa de uma certa data, seja dia dos namorados, aniversário ou Natal.

Mas voltando ao tema principal deste texto: o dia dos namorados. É impressão minha ou esse ano tem menos declarações de amor por aí? Será que eu não reparei? Ele ano não vi propagandas de aluga-se para o dia dos namorados rsrsrs.

Na verdade não entendo o porquê de ficar se exibindo, se declarando na internet, quando para todo mundo ler, qaundo o outro está ali do lado. Relacionamento é particular, só diz respeito a quem faz parte dele, não é de domínio público. Posso estar exagerando, mas tenho a impressão que muita gente quer pintar um quadro que não existe de verdade, entende? É só mais um daqueles “filtros de felicidade” que as pessoas postam nas redes sociais.

Relacionamento é muito mais que palavras, relacionamento é atitude, é estar presente para o que der e vier, é companheirismo. É não dizer nada e dizer tudo com o olhar. Como diz o padre Fábio de Melo, “o amor não sobrevive de teorias”.

Mas se você está solteira(o) feito eu, não ligue! O amor baterá à porta no momento certo! Nada chega antes que estarmos prontos para receber. Primeiro a gente precisa aprender a se amar, a se respeitar, a se colocar em 1° lugar, para só depois aprendermos a amar outro alguém.
Precisamos ser felizes sozinhos, porque é um fardo muito pesado o outro ser responsável por nossa felicdade. Como eu já li em algum lugar, eu não quero alguém que me complete, eu quero alguém que me transborde!

E é como eu sempre digo: se eu estou solteira, é porque não apareceu ainda alguém que valesse a pena! Se não for para amar e ser amada de verdade, não vale a pena investir tempo e sentimento num “romance” sem futuro. Preserve-se. Afinal, não é todo mundo que reconhece uma joia rara.




terça-feira, 15 de maio de 2018

Vovô Raul e a providência de Deus





Existem pessoas que, por sua forma natural de agir, conquistam os demais. Algumas são tão estimadas pelas crianças que passam a ser chamadas de tias, vovôs, sem terem qualquer laço de parentesco.
Assim era com o senhor Raul. Ele fora, durante anos, o professor de História na maior escola daquela cidade.
Aposentado, afeiçoado às crianças e à cultura, ofereceu-se como voluntário na biblioteca pública.
Idealista e idealizador, criou um pequeno espaço, no andar térreo, próximo ao setor de livros infantis, a que denominou o cantinho das histórias.
Todas as tardes, durante um período previamente marcado, ali ficava ele, a encantar os pequenos com suas histórias.
Com o passar dos meses, o número de visitas à biblioteca foi se tornando maior. Em especial as crianças e, de preferência, na hora das histórias de vovô Raul.
Na proximidade do Natal, o bom professor começou a cogitar o que de melhor poderia fazer para comemorar, com a comunidade, o nascimento de Jesus.
Recordou, então, do que fizera Francisco de Assis, no século treze. Por isso, buscou amigos e conhecidos, solicitou ajuda, em recursos e mão de obra, e deu início ao cenário do nascimento do Cristo.
Todos se entusiasmaram com o projeto. Não faltaram voluntários.
Ergueu-se o que deveria parecer um estábulo, colocou-se a manjedoura, a palha, criou-se um ambiente rústico no pequeno canto destinado às histórias do vovô Raul.
Às vésperas do dia de Natal, Raul recolheu-se tarde, após verificar que tudo estava em ordem. Já estavam escolhidos os personagens que, no dia seguinte, dramatizariam o nascimento do menino Jesus.
Nenhum detalhe fora esquecido e sabia-se que grande parte da comunidade acorreria ao evento. Naturalmente, em horários diversos, pois o ambiente não comportava todos de uma única vez.
Mal se deitara, Raul teve a impressão de escutar uma voz que lhe dizia para trocar o local da dramatização para o lado oposto, nos fundos da sala.
Por mais que tentasse conciliar o sono, aquilo não lhe saía da mente. Tanto o atormentou que ele mal dormiu. Levantou-se pela madrugada e foi chamar os seus voluntários para proceder à mudança.
Não conseguia saber porque, mas devia fazer aquilo. Era algo dentro dele que falava alto.
Um tanto cansados, mas respeitosos, concordaram os auxiliares em realizar a mudança do cenário para os fundos da sala, no lado oposto.
Quando a comemoração atingia o auge e a sala se encontrava repleta, um estrondo ensurdecedor se fez ouvir.
Todos se voltaram para o cantinho das histórias, de onde vinha o ruído, e viram aterrorizados um ônibus desgovernado adentrar à biblioteca derrubando prateleiras e livros, parando a poucos passos de onde eles se encontravam.
Foi então que vovô Raul entendeu que foi a Providência Divina, sempre solícita para com os Seus filhos, que lhe inspirou, com insistência, a ideia de realizar a mudança e, na sua intimidade, orou ao divino Pai, agradecendo.
* * *
Muitas vezes, os Anjos nos alertam, através da inspiração, das dificuldades e tropeços que podem ser evitados.
Todas as criaturas são desta forma auxiliadas, mas que nem todas se apercebem.
Existem mesmo as que levam tudo à conta de superstição e crendice, esquecidas de que Deus vela por todos, continuamente, providenciando o socorro devido nas mais diversas ocasiões.

Fácil, difícil e impossível




O que chamamos de fácil nada mais é do que aquilo que já conhecemos muito bem. E por que conhecemos bem? Porque já convivemos com aquilo diariamente.
Mas, se pensarmos bem, veremos que uma determinada coisa se tornou fácil depois de muito tempo de convivência com ela.

Descobrimos, então, que fácil é aquilo que já fizemos repetidas vezes.
Ótimo!

Eu acabo de descobrir uma coisa muito importante: se fácil é aquilo que já repetimos várias vezes, daqui pra frente eu posso então transformar as coisas difíceis e impossíveis.

Como?

• começando desde já a conviver com a possibilidade de alcançá-las;

• começando desde já a praticá-las;

• começando desde já, e em pequenas doses, a fazer com que o impossível torne-se difícil. Mais adiante, fazendo o difícil tornar-se fácil.


Sabemos que ver as coisas dessa maneira não é fácil...é até um pouco difícil, mas também impossível já não é mais, a partir do momento em que já descobrimos, pelo menos, qual é o caminho a seguir.

Se a vida vai ser algo fácil, difícil ou impossível, isso vai depender de nós mesmos.

Aquilo que nem sequer tentamos será sempre impossível.

Aquilo que começamos a tentar agora é difícil.

E aquilo que já fazemos há muito tempo tornou-se algo fácil.

Autor desconhecido

O tesouro de Bresa




Houve outrora, na Babilônia, um pobre e modesto alfaiate chamado Enedim, homem inteligente e trabalhador, que não perdia a esperança de vir a ser riquíssimo. Como e onde, no entanto, encontrar um tesouro fabuloso e tornar-se, assim, rico e poderoso?

Um dia, parou na porta de sua humilde casa, um velho mercador da fenícia, que vendia uma infinidade de objetos extravagantes.
Por curiosidade, Enedim começou a examinar as bugigangas oferecidas, quando descobriu, entre elas, uma espécie de livro de muitas folhas, onde se viam caracteres estranhos e desconhecidos.
Era uma preciosidade aquele livro, afirmava o mercador, e custava apenas três dinares. Era muito dinheiro para o pobre alfaiate, razão pela qual o mercador concordou em vender-lhe o livro por apenas dois dinares.

Logo que ficou sozinho, Enedim tratou de examinar, sem demora, o bem que havia adquirido. Qual não foi sua surpresa quando conseguiu decifrar, na primeira página, a seguinte legenda: “o segredo do tesouro de Bresa.” Que tesouro seria esse?

Enedim recordava vagamente de já ter ouvido qualquer referência a ele, mas não se lembrava onde, nem quando. Mais adiante decifrou: “o tesouro de Bresa, enterrado pelo gênio do mesmo nome entre as montanhas do Harbatol, foi ali esquecido, e ali se acha ainda, até que algum homem esforçado venha encontrá-lo.”

Muito interessado, o esforçado tecelão dispôs-se a decifrar todas as páginas daquele livro, para apoderar-se de tão fabuloso tesouro. Mas as primeiras páginas eram escritas em caracteres de vários povos, o que fez com que Enedim estudasse os hieróglifos egípcios, a língua dos gregos, os dialetos persas e o idioma dos judeus.

Em função disso, ao final de três anos Enedim deixava a profissão de alfaiate e passava a ser o intérprete do rei, pois não havia na região ninguém que soubesse tantos idiomas estrangeiros. Passou a ganhar muito mais e a viver em uma confortável casa.

Continuando a ler o livro encontrou várias páginas cheias de cálculos, números e figuras. Para entender o que lia, estudou matemática com os calculistas da cidade e, em pouco tempo, tornou-se grande conhecedor das transformações aritméticas.
Graças aos novos conhecimentos, calculou, desenhou e construiu uma grande ponte sobre o rio Eufrates, o que fez com que o rei o nomeasse prefeito.

Ainda por força da leitura do livro, Enedim estudou profundamente as leis e princípios religiosos de seu país, sendo nomeado primeiro-ministro daquele reino, em decorrência de seu vasto conhecimento. Passou a viver em suntuoso palácio e recebia visitas dos príncipes mais ricos e poderosos do mundo.
Graças a seu trabalho e ao seu conhecimento, o reino progrediu rapidamente, trazendo riquezas e alegria para todo seu povo.

No entanto, ainda não conhecia o segredo de Bresa, apesar de ter lido e relido todas as páginas do livro. Certa vez, teve a oportunidade de questionar um venerando sacerdote a respeito daquele mistério, que sorrindo esclareceu:

“O tesouro de Bresa já está em seu poder, pois graças ao livro você adquiriu grande saber, que lhe proporcionou os invejáveis bens que possui. Afinal, Bresa significa saber e Harbatol quer dizer trabalho.”

Com estudo e trabalho pode o homem conquistar tesouros inimagináveis.

O tesouro de Bresa é o saber, que qualquer homem esforçado pode alcançar, por meio dos bons livros, que possibilitam “tesouros encantados” àqueles que se dedicam aos estudos com amor e tenacidade.

Autor desconhecido

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Sobre crescer...




Impossível atravessar a vida …
Sem que um trabalho saia mal feito, sem que uma amizade cause decepção, sem que um amor nos abandone.
 
Esse é o custo de viver.
 
O importante não é o que acontece, mas, como você reage.
 

Você cresce…
 
Quando não perde a esperança, nem diminui a vontade, nem perde a fé.
 
Quando aceita a realidade e tem orgulho de vivê-la.
 
Quando aceita seu destino, mas tem garra para mudá-lo.
 
Quando aceita o que deixa para trás, construindo o que tem pela frente e planejando o que está por vir.
 

Cresce quando supera, se valoriza e sabe dar frutos.
 
Cresce quando abre caminho, assimila experiências… E semeia raízes….
 
Cresce quando se impõe metas, sem se importar com comentários, nem julgamentos quando dá exemplos, sem se importar com o desdém, quando você cumpre com seu trabalho..
 
Cresce quando é forte de caráter, sustentado por sua formação, sensível por temperamento… E humano por nascimento!
 

Cresce quando enfrenta o inverno mesmo que perca as folhas, colhe flores mesmo que tenham espinhos e marca o caminho mesmo que se levante o pó.
 
Cresce quando é capaz de lidar com resíduos de ilusões.
 
Cresce ajudando a seus semelhantes, conhecendo a si mesmo e Dando à vida, mais do que recebe.
 

É assim que se cresce…

domingo, 28 de janeiro de 2018

Lázaro e o tempo de Deus



As irmãs em desespero, os amigos inconformados, Lázaro sepultado..

Olha o cenário, parece que todos se esqueceram do que Jesus falou quando o avisaram da doença de Lázaro: essa doença não é para morte, mas para a glória de Deus..(E João 11:4), e em meio a esse cenário Jesus chorou, eu nunca achei que esse choro era pela morte do amigo amado, Ele é Deus, sabia que Lázaro estaria com ele na glória, por que ficaria triste? 

A tristeza tinha outro motivo, a falta de fé das pessoas que ali estavam, quando a irmã desesperada o questiona: Jesus, se o Senhor estivesse aqui meu irmão não teria morrido, a resposta nós já sabemos, essa doença não é para morte....
Quantas vezes agimos exatamente como aquelas pessoas? Mesmo sabendo das promessas entramos em desespero diante da luta, da enfermidade, da desilusão...

Jesus chorou... Fico imaginando quantas vezes Ele chorou por minha causa, por causa da minha pouca fé, da minha ingratidão, da minha falta de paciência... sempre peço perdão por isso.
Jesus ressuscitou Lázaro, Ele poderia ter curado Lázaro da onde estava, mas não o fez, Ele poderia ter ido visitar o amigo imediatamente, mas também não o fez, e por que?

Porque existe o tempo de Deus, não adianta lamentarmos, o tempo Dele é perfeito..

E nossa falta de fé quando somos deixados na espera entristece o coração de Deus, Ele não chorou apenas quando aquelas pessoas perderam a fé, Ele chora todas​ as vezes​ que você também perde a fé ou se lamenta por esperar, Deus não falha, portanto confie, se Ele prometeu Ele vai cumprir, não perca a fé, não faça Jesus chorar por sua causa, Ele te ama, assim como amava Lázaro e suas irmãs, e fará o que for necessário por você, deposite toda sua confiança Nele nesse momento e veja o milagre acontecer..


Carmem Simões

Fonte: @deustudopodefazer

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Medo de tudo



...ora, o medo produz tormento...” (1Jo 4.18b)

Medo de ser rejeitado, medo de ficar sozinho, medo do escuro, medo de perder o controle, medo de perder o amado, medo de mortos, medo de vivos, medo de feitiço, medo de mau-olhado, medo de ouvir as verdades, medo de enxergar as verdades, medo de decidir, medo de ser livre, medo de casar, medo de “não casar”, medo de ter doenças, medo de ser feliz, medo de ser infeliz, medo julgamento do outro, medo do julgamento de Deus... medo...medo....medo.

O medo repercute no equilíbrio da saúde e provoca inúmeras alterações no corpo. Vejamos algumas delas:

1. Cérebro: os estímulos amedrontadores enviam um sinal ao hipotálamo, para que seja intensificada a produção de adrenalina, noradrenalina e acetilcolina. Em uma fração de segundo, a descarga dessas substâncias causa alterações no funcionamento de diversas partes do corpo.

2. Olhos: a química do medo faz com que as pupilas se dilatem. Isso diminui a capacidade de a pessoa reparar nos detalhes que a cercam.

3. Coração e pulmões: o aumento do nível de adrenalina eleva os batimentos cardíacos. O fato de o coração bater acelerado exige maior oxigenação ­ daí por que a respiração se torna mais curta, ofegante.

4. Estômago: muitas pessoas, em situações de medo, sentem dor na região estomacal devido ao aumento na produção de acetilcolina.

Pode ocorrer também excesso de suores, contraturas musculares, dores na nuca e ombros, cefaleia, diarreia, mãos frias, manifestações de gastrite, que poderão agravar-se dependendo da freqüência.

A palavra “medo” aparece inúmeras vezes na Bíblia. É um dos primeiros sentimentos desenvolvidos na vida do ser humano. Ele pode ser um mecanismo útil na sobrevivência, mas a sua presença constante e excessiva em nossa vida pode causar um afastamento social, retraimento, desenvolver ansiedade, isolamento, excesso de preocupação e um comportamento rígido.

Deus se preocupa com as consequências que o medo traz na vida do cristão. O seu resultado é devastador – “o medo produz tormento”, afirma João. Ser um atormentado significa não ter paz, é não dormir bem, é não viver bem, é ficar paralisado, é ser incapaz de reagir, de interagir, de confiar....

A primeira vez que aparece a palavra medo na Bíblia é logo no início do livro de Gênesis, quando Adão, depois de ter pecado, foge e se esconde de Deus entre as árvores do jardim. O Senhor o procura e chama: “Onde estás?”. E Adão não podendo mais se esconder, responde: “Ouvi a tua voz no jardim e tive MEDO” (Gn 3.10).

O medo nos põe em fuga, mentimos por medo da verdade, nos escondemos de nós mesmos e dos outros, perdemos a alegria, a espontaneidade. O medo traz uma vida de sobressaltos, e uma sensação onipresente de que “algo ruim vai acontecer”....

Os discípulos tiveram medo em muitas ocasiões. Jesus dizia: “Não temais”, e completava – “homens de pequena fé”. Porque Jesus relacionava o tamanho da fé dos discípulos com o medo? Certamente para nos ensinar que uma das raízes do medo é a insipiência de nossa fé.

Talvez a parte da Bíblia em que Deus mais insiste na fé e na coragem foi quando Josué estava para assumir a liderança do povo de Israel. Moisés havia morrido, e ele, Josué, era o seu sucessor. Com certeza Josué teve medo – senão o Senhor não precisava se preocupar em exortá-lo à confiança e à coragem. E Deus insistiu: “Assim como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei” (Js 1.5).

Quantas vezes tememos porque esquecemos a promessa de que Deus nunca e jamais nos desamparará, nem nos deixará lutando sozinhos. E o Senhor prossegue: “Tão somente sê forte e mui corajoso... não tenha medo nem te espantes, porque o Senhor teu Deus é contigo por onde quer que andares”.

A presença de Deus junto a nós é que vai nos dar a segurança, porém a decisão de “ser forte e corajoso” é nossa. E por uma razão muito simples – Deus não pode fazer isso por nós.

João afirma em sua primeira epístola que “no amor não existe medo, pois o perfeito amor lança fora o medo” (1Jo 4.18). Isso significa que quanto mais me encho com o amor que vem de Deus, não sobra espaço para medo algum. Deduzimos daí que o medo ocupa os espaços vazios que deixamos em nossa alma, e a sua tendência é expandir, crescer e nos dominar. A única forma de impedir que isso aconteça é permitindo que o amor esteja no centro de nossa vida, seja a nossa maneira de viver. E quando isso acontece, ele lança fora o medo.

O crente não pode ser vítima de seus medos, e muito menos ser dominado por eles. Há cristãos que não têm uma vida plena porque se esconderam e se fecharam em sim, com medo de tudo, vendo o Mal em tudo, e esquecendo que a Bondade e a Presença de Deus estão junto a nós todos os dias de nossa vida.

Encha-se de AMOR e estarás lançando fora o medo, e o tormento.


Daniel Rocha