segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Milho de pipoca



Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.

São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.

Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo!

Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também. Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.

Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM!

E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado. Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.

A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Deus é o fogo que amacia nosso coração, tirando o que nele há de melhor! Acredite que para extrairmos o melhor de dentro de nós temos que, assim como a pipoca, passar pelas provas de Deus.

Ponto de ruptura



Vamos falar de superação...


Como anda a sua vida? Está satisfeito com ela ou anda a ponto de “desabar”, tal qual um prédio no limite da sua estrutura, com sérios riscos de vir abaixo?

Se a resposta for: “tô mal”, surge a pergunta: dá para consertar?
Dá pra RESTAURAR a minha ESTRUTURA? Tem jeito pra mim?

Em engenharia civil - minha formação profissional -, sabemos que o concreto armado, muito utilizado atualmente, deve sua estabilidade à combinação de dois materiais: a argamassa – o famoso concreto, de areia, pedras e cimento - e a ferragem de aço.

O concreto resiste à PRESSÃO exercida pelo peso da edificação, e o aço suporta a TRAÇÃO, geralmente provocada pelos movimentos do prédio, muitas vezes imperceptíveis, mas que acontecem constantemente.

Esta é uma questão técnica - cheia de detalhes - que não interessa ao morador de um prédio. O que vale para ele é estar bem instalado em sua casa, de modo seguro.

Mas é interessante notar que os seres humanos se comportam de forma um tanto semelhante a este METAL das edificações, ou seja, possuem UM PONTO DE RUPTURA diante das adversidades da vida.

O tal PONTO de RUPTURA pode acontecer diante de uma provocação, gerando uma REAÇÃO VIOLENTA – e aí reconhecemos o famoso “estopim curto”. A “ruptura do metal” pode também acontecer com a PROSTRAÇÃO e o DESÂNIMO, diante de um desafio mais intenso. E há casos extremos, onde a pessoa não suporta mais viver.

Tanto a 
raiva como o abatimento não são convenientes e prejudicam nossas realizações, relacionamentos e alegria de viver.

A Palavra de Deus nos dá uma “dica” sobre a razão pela qual tais pontos de ruptura se apresentam tão freqüentemente:

Se te mostras fraco no dia da angústia, quão pequena é a tua força!” (Pv 24:10).

Em outras palavras, nós temos nos deixado abater pelos desafios da vida por estarmos 
montando nossa estrutura interior com MATERIAIS FRÁGEIS, como por exemplo: armar uma laje com alumínio e não com aço carbono.

Mas, perguntará você, como melhorar minha estrutura se é isso que tenho à disposição?

A resposta não é difícil, nem está distante: basta substituir seus materiais - que são realmente limitados - por aqueles de Deus, que 
suportam a tudo e jamais se rompem:
Assim diz o Senhor: Maldito (ou fraco é) o homem que confia no homem, que faz da carne o seu braço, e cujo coração se aparta do Senhor!...
...Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor (Um material inquebrável).Ele será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro. Não receia quando vem o calor; suas folhas são sempre verdes. No ano de sequidão não se perturba, nem deixa de dar fruto (Não se rompe diante da adversidade).(Jeremias 17:5-8).

Peça ao Eterno, hoje mesmo, que mude sua estrutura, e viva uma vida de amor e alegria, com FORÇA para suportar problemas e dificuldades. Em Deus, é possível ter paz.

 Elcio Lourenço.